sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fiéis ou eleitores?

Toda unanimidade é burrra. A afirmação é discutível pois a discórdia também pode ser manifestação de burrrice.

Mal iniciado o horário político e as pesquisas já anunciam que a eleição será decidida no 1º turno. Aí está uma situação em que, não fosse a quase unanimadade em torno do atual Presidente, teríamos o debate de idéias discordantes, não necessariamente sintoma de burrice.

Essa unanimidade, quando sofremos na própria pele os resultados da má gestão em saúde, educação, segurança e transporte, não é, exatamente, sinal de inteligência mas de uma enorme preguiça.

Parece que a sociedade se comporta como uma platéia de fiéis, sedenta por crer, por depositar aos pés de um ídolo todas as suas expectativas. Até a oposição se "converteu" e colabora com essa espécie de igreja lulista. Triste de assistir. Arrisco um diagnóstico: é um sintoma dessa doença que grassa entre nós,  onde muitos esperam obter emprego, prosperidade, saúde como benesse, trocando favores com o Altíssimo. Ofendem a Deus, ofendem a si mesmos e ainda esperam alcançar a vida eterna.

A educação, profilática, é capaz de prevenir essa doença.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu tenho certeza! E você, se acha?

Hoje pela manhã, tentei escandalizar o meu colega de trabalho abusando da sinceridade: Eu não me acho, eu tenho certeza.

Um mínimo de autoconfiança e de autoestima  é necessário para levar adiante qualquer empreitada. Autoconfiança e autoestima não estão disponíveis em pacotes oferecidos pelas academias que tentam vender saúde; ou nos enxertos de silicone disponíveis em consultórios de cirurgiões comprometidos com metas elevadas de faturamento.

Siliconados e malhados se acham, apenas se acham. E que me perdoem pela generalização, trata-se de um recurso literário para conferir força ao texto. Mas, que se acham, se acham.

Pessoas que se acham  costumam ser arrogantes, um poço de empáfias, vestem-se de vaidades e de artificialidades e parecem acreditar que é bonito ser feio! Feio, sim. Nada mais rídiculo, na face da terra, do que a pessoa que se acha. Apesar de suas vestes de marca, seus carros de luxo... São, quase sempre, patéticas.

Quem tem certeza, tem, também simplicidade e humildade. Dispensa discursos vazios e nariz empinado. A certeza é construída, conquistada, pelo empenho, pela dedicação com que se vai à luta na realização das próprias obrigações, seja qual for o ofício. A certeza passa pela boa educação e não admite falsas modéstias. Se eu sei, preciso demonstrar fazendo o melhor que posso, sem submissão aos "siliconados" e "malhados". Para esses, quem tem certeza reserva uma boa dose de misericórdia e de paciência.

Quem tem certeza, precisa liderar, não pode se submeter à arrogância dos ignorantes a pretexto de ser humilde.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Políticos mentirosos são psicopatas

Quando a cabeça não pensa o corpo padece...O dito popular, de sabedoria inquestionável, é pouco aplicado.

O que extrapola o âmbito físico, visível, palpável, costuma ser tratado com menosprezo... No entanto, é justamente esse universo invisível que permeia todo o nosso cotidiano, tudo o que realizamos. As emoções e os pensamentos são ditadores que decidem, à nossa revelia, quanto mais os ignoremos.

Um assassinato, ou genocídio, começa em um sentimento de insatisfação que martela o pensamento do futuro assassino, dia após dia. Grandes realizações, igualmente, nascem de um sentimento de um único indivíduo que persiste até materializar seu plano.

Então, deveríamos dar atenção ao que somos, efetivamente, não somente ao que parecemos ser. No entanto, podemos admitir que o cidadão comum, levado pelo imperativo de satisfazer necessidades básicas, não perca tempo em auto-críticas e auto-conhecimento. Mas, no âmbito dos governos, em que a meta é atender a coletividade, o imperativo é que se busque lidar com o imponderável para identificar, a tempo, cidadãos que, do alto de seus postos públicos, ditam regras de conduta para os demais, apesar de manifesto comportamento incompatível com o convívio social.

E o cidadão, desamparado, incrédulo, assiste o espetáculo da degradação dessas criaturas, desses arremedos de políticos, desses pseudo-dirigentes revestidos de todo o poder, usufruindo ampla imunidade... Nos remetem aos dias passados em que o imperador romano, Calígula, nomeou um cavalo como Senador.

No dias presentes, questionamos os laudos psiquiátricos que colocam assassinos em liberdade... E quanto aos que saqueiam os cofres públlicos e inviabilizam a efetividade de ações dirigidas ao bem estar coletivo? Quem atesta a capacidade mental desses criminosos, verdadeiros psicopatas que fingem, maquinam na maior naturalidade? Seriam, mentalmente, mais capazes que o cavalo de Calígula?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Tudo me é lícito mas nem tudo me convém..."

Há dois anos não posto neste espaço. Muitos impedimentos acabaram me tornando pirracenta: ah, é assim? Tá difícil? Tô desistindo e não estou enfurecida, não vou me aborrecer, não vou reclamar da falta de tempo.

Falta de assunto? Nunca. Mas, se escrevemos por prazer, há, também, a esperança de compartilhar. Terei leitores nesse universo de milhares e milhares? Tantas pessoas escrevem, melhor e de forma mais completa, sobre o tema que escolhi...

E, enquanto pirraço e divago, os dias e semanas viajam, velozmente, e lá se vão dois anos de ausência. Os amigos que me privilegiavam com sua atenção, devem ter imaginado: adoeceu, viajou para o outro plano(morreu)?

Gosto dos temas ligados à espiritualidade, à educação; creio no poder da mente sobre o corpo e do espírito sobre a mente, creio na existência de um Plano Divino que rege a vida para o qual todos despertaremos, quanto antes melhor. Quanto antes melhor? Então, façamos uma pequena, humilde parte, testemunhando a favor de ideais mais humanos, mais próximos das Verdades Eternas, especialmente, em momento de campanha eleitoral, quando temos o desprazer de assistir o cinismo dos políticos à solta, afirmando inocência quando se sabem culpados.

Tomemos cuidado pois há uma doença contagiosa se propagando, perigosamente: apregoam-se mentiras deslavadas e usam como desculpa a defesa do bem estar do povo. Ou seja, mentir, trapacear, desviar recursos públicos, pode ser aceitável quando se busca um fim justo?