sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sem educação, saúde e segurança são inalcançáveis

Meu tema, aqui, é quase sempre, a educação. Então, por que o título, “a saúde vem da alma”? E, por que a saúde viria da alma?

Porque, sem educação básica, a saúde é uma farsa, mera manutenção de parco equilíbrio, limitado ao corpo físico, a custa de medicamentos e de exames, onde a saúde mental e emocional, os hábitos, a cultura de cada um, não contam. Porque a educação é capaz de promover uma auto-aproximação: faz com que cheguemos mais perto de quem somos de fato.

Quando a cabeça não pensa, o corpo padece, sempre afirmaram os mais velhos, sabiamente. Sem conteúdo, ficamos a mercê das aparências, consertando a “máquina” em seus revestimentos, deixando de lado o que interessa de fato: nossos verdadeiros sentimentos, nossos reais talentos e interesses, nossos valores... Essas coisas abstratas que residem em nossa espiritualidade, que parecem distante e que, no entanto, são determinantes em nossa saúde, em nossa aparência física; fazem a diferença no plano individual e no plano coletivo.

No passado remoto, quando os habitantes do planeta constituíam grupos esparsos, separados por milhares de quilômetros e vivendo do que a terra produzia, talvez a educação não fosse tão relevante. Relevante era sobreviver. Agora, que somos bilhões, a maioria amontoados nas grandes cidades, relevante é saber conviver, é saber preservar recursos e espaços cada vez mais exíguos. A educação, então, ganha a mesma importância que o arroz e o feijão. E está à frente da saúde e da segurança.

Quantos policiais seriam necessários para manter a segurança na presença de turbas deseducadas? É possível, ao estado, prover segurança satisfatória quando a educação é relegada e quando, nas escolas, professores são alvo de violência física e psicológica?

Como prover a saúde de milhões de analfabetos funcionais? Analfabetos funcionais, sem acesso à informação de qualidade, refém de valores duvidosos ditados por propagandas que induzem ao consumo desenfreado, à exacerbação da sexualidade... Refens de maus religiosos que usam a Bíblia e o nome de Deus para subjugar os mais fracos...Como garantir saúde emocional e mental e evitar a formação de "quadrilhas", a partir desse exército de pessoas mal-formadas? Os atos de selvageria crescem, a cada dia, em quantidade e em crueldade.

Ainda assim, muitos brasileiros bem formados tendem a acreditar mais nas soluções de segurança em detrimento da educação. Precisamos acordar já que, nem no interior de nossas casas, encontraremos segurança se não soubermos conviver e ensinar a conviver em bases fraternas e de respeito mútuo. A falta de educação mata.

Existiria civilização sem educação?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A falta de educação mata

Acho espantoso que tantas crianças e jovens estejam sendo vitimados pela violência. Acredito que o assunto já deveria ser alvo de medidas especiais por parte das autoridades de saúde e de educação do país, porque todo esse excesso revela que a questão já ultrapassou a esfera policial; é praticamente, uma epidemia.

Não me julgo um modelo de mãe; e nem teria a pretensão de ditar regras de bem educar, mas observo que os pais talvez estejam se deixando “conduzir” pelos filhos, por modismos típicos da adolescência; talvez queiram parecer modernos, descolados, sem preconceitos... Sempre que vejo, no noticiário, acidentes fatais envolvendo meninos e meninas entre 16 e 18 anos, quando retornavam da balada, às 4 da matina, me pergunto: como assim??!! E meninas namorando aos 12 anos?

Os pais estão precisando de socorro para que possam socorrer seus filhos ou, até, para não deixá-los nascer antes que tenham maturidade para zelar por eles. Afinal, engravidar, não pode ser algo automático, sem compromisso, sem noção da responsabilidade que é prover a segurança e a integridade de terceiros.

Quase que semanalmente, lemos notícias em que pais, principalmente mães, trancaram filhos em carros, ou em casa, e foram para a balada. Depois, sempre se diz, em defesa de quem abandonou, que “é uma boa mãe...”.

O pior, mesmo, são os crimes horripilantes praticados por pais, em dupla ou não... Recentemente, viu-se aquela mãe de São Paulo alegar que não socorreu os dois filhos, evitando que fossem mortos pelo pai, porque já estava em outro relacionamento em que tinha mais quatro filhos!! Então, é simples assim, dar vazão aos instintos sem qualquer controle, gerar filhos e atirá-los ao inferno.

Que me perdoem as feministas, mas sobra para a mulher, que gera e carrega, a parcela maior de responsabilidade com a vida. Para que não usufruam, irresponsavelmente, a liberdade recém-conquistada, como os homens sempre foram estimulados a fazer, precisam ser cobradas com campanhas educativas honestas, que mostrem os fatos como eles são: somente a mulher sabe com certeza quem é o pai do filho que carrega. E, quando se permite o viver promíscuo que caracterizou, até recentemente, o comportamento masculino, precisa estar preparada para possíveis conseqüências. Até porque, tendo, ou não certeza, ela é quem terá que segurar a situação, enquanto transcorre uma ação na Justiça e até que saia o resultado de um exame de DNA. Talvez por isto, algumas estejam atirando recém-nascidos à lixeira, como é mostrado no noticiário dos jornais.

A mulher não é, mesmo, igual ao homem; e esse é um fato biológico. Mas, a mulher de baixa renda vive presa a uma armadilha que lhe é imposta pela falta de educação. É a falta de educação que a escraviza, que a deixa refém de romantismos baratos, de modismos onde o erotismo é explorado exaustivamente, inconsequentemente. A falta de educação mata! Sem educação, saúde e segurança são quimeras...